Cerca de 30 agricultores participaram hoje numa marcha lenta, entre Poceirão e Palmela, para exigir do Governo medidas de emergência que permitam minimizar os prejuízos resultantes de uma quebra de produção de vinho estimada em 80%.
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Os agricultores de Palmela desfilam em marcha lenta desde o Poceirão até à Câmara Municipal de Palmela, onde esperam ser recebidos ao final da manhã pela presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente.
«Esta marcha de protesto visa sensibilizar a câmara de Palmela e o Governo para nos ajudar a fazer face aos prejuízos resultantes da quebra de produção, que, em alguns casos, pode pôr em causa a continuidade das explorações agrícolas», disse hoje à Lusa o presidente da Associação de Agricultores doo Distrito de Setúbal, Joaquim Caçoete.
O dirigente justificou a fraca participação dos produtores de vinho no protesto, alegando que alguns estão a fazer a vindima, mas aasegurou que todos estão solidários com as reivindicações que estão a apresentar junto do Governo.
Joaquim Caçoete referiu ainda que o Governo já lhes transmitiu que existe uma linha de crédito disponível, com cerca de 50 milhões de euros, mas defendeu a necessidade de outro tipo de apoios financeiros a fundo perdido ou a longo prazo.
A opinião foi corroborada por José Augusto Silva, produtor de vinho da região de Palmela, que diz ter grande parte da produção deste ano comprometida devido às condições climatéricas adversas e ao míldio.
«Penso que mais de 80 por cento da produção está perdida e nem sei se valerá a pena fazer a vindima», referiu José Augusto Silva, que prevê um prejuízo na ordem dos 80 mil euros.