Cinco pontos da costa portuguesa foram escolhidos pela Quercus para ações de alerta para a subida do mar devido às alterações climáticas, iniciativa integrada num projeto europeu que quer metas mais ambiciosas na área do clima.
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No âmbito da Semana de Ação pelo Clima, que decorre até sábado, as organizações não governamentais reunidas da Rede Europeia de Ação Climática têm iniciativas por toda a Europa para «exigir aos decisores políticos europeus que tomem a tempo as decisões certas» para parar o aumento das emissões dos gases com efeito de estufa.
Cinco pontos da costa portuguesa foram escolhidos pela Quercus para ações de alerta para a subida do mar devido às alterações climáticas.
Em Portugal, no início da manhã de hoje, a Quercus vai fazer "soar o alarme" em Lisboa (no Cais das Colunas, no Terreiro do Paço), Porto (na Foz), Ílhavo (Praia da Barra), Leiria (Praia do Pedrogão) e Costa da Caparica.
Um dos principais impactos das alterações climáticas está relacionado com a subida do nível do mar, que, à escala mundial, pode atingir cerca de um metro no ano 2100, de acordo com a Quercus.
«A Europa vai ter de tomar decisões fundamentais em relação às alterações climáticas e para resolvermos um problema com o qual já estamos a lidar e com o qual Portugal já tem vindo a confrontar-se nos últimos meses, com dois eventos meteorológicos extremos que causaram ondulação marítima fortíssima com consequências grandes para a nossa costa», referiu Francisco Ferreira, da Quercus.
«Temos de tomar decisões fundamentais e a Europa, que tem sido muitas vezes líder na política climática, tem agora uma oportunidade que não pode perder» pois só assim conseguirá convencer outros parceiros mundiais de modo a obter um acordo climático global, em 2015, acrescentou.
Os primeiros ministros e chefes de Estado europeus vão reunir-se em março para decidir o futuro das políticas de energia e clima para os próximos 15 anos.
A Comissão Europeia apresentou em janeiro o novo quadro de política climática e energética, que prevê a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030 e o aumento para 27% da contribuição das energias renováveis no total do consumo energético.