Começa esta sexta-feira o 23º festival de banda desenha da Amadora, que este ano se dedica à autobiografia. O festival decorre até 11 de novembro.
Corpo do artigo
A exposição central do 23º Amadora BD, dedicada à autobiografia, vai apresentar obras de autores portugueses e estrangeiros que tenham esse olhar umbilical, que sejam protagonistas e narradores da sua própria história, como os norte-americanos Justin Green e Robert Crumb e os franceses Edmond Baudoin e Fabrice Neaud.
Justin Green, com obra inédita em Portugal, e que estará presente no Amadora BD, é considerado um dos precursores da banda desenhada autobiográfica norte-americana.
Paulo Monteiro, o autor este ano em destaque, e que venceu no ano passado o prémio de melhor álbum com «O amor infinito que te tenho e outras histórias», Marco Mendes, que editou o livro «Diário Rasgado», Marcos Farrajota, Pedro Brito e João Mascarenhas são alguns dos autores portugueses que integram a exposição central, comissariada pelo investigador Pedro Moura.
Das várias exposições que estarão patentes nos dois pisos do Fórum Luís de Camões, destacam-se, por exemplo, a do autor francês de ascendência portuguesa Cyril Pedrosa, a propósito do lançamento do livro «Portugal», e o projeto ambicioso «O infante Portugal», com história de José de Matos-Cruz, que será ilustrada por vários autores portugueses. Na Amadora, será revelada parte da história com desenho de Daniel Maia.
O festival vai ainda associar-se aos 50 anos da criação do super-herói Homem-Aranha, acolhendo uma exposição, em parceria com Milão, com pranchas de vários autores que desenharam a personagem da Marvel.
Pela primeira vez, o festival alarga as suas atividades para lá do concelho da Amadora e incluirá atividades em Lisboa, em parceria com os institutos Goethe e Franco-Português.