A fadista Ana Moura atua esta terça-feira em Nova Iorque, esgotando a sala B.B. King Blues, em Manhattan, dando continuidade a uma digressão pelos Estados Unidos e Canadá que tem conquistado o público.
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«Os concertos têm corrido muito bem, temos tido sempre as salas cheias», disse a fadista à agência Lusa, garantindo que os espetáculos «têm terminado com as pessoas em pé a dançar».
Ana Moura iniciou a digressão a 5 de novembro, em Toronto, e termina no próximo dia 16, em São Francisco. Na última semana, esgotou salas em Toronto (Canadá), Boston (Massachusetts), Storrs (Connecticut) e South Orange (Nova Jérsia).
A fadista, que no último trabalho mistura influências pop e jazz, diz que tem um público misto nos seus concertos.
«Os portugueses, normalmente, são quem me pede que cante fados tradicionais, como os que foram popularizados pela Amália Rodrigues. Acho natural. Estas pessoas estão longe de casa, têm saudades e a música é um veículo importante para manter esta ligação com o seu país», explicou a fadista. Quanto aos norte-americanos, Moura diz que «há pessoas que vêm pela primeira vez e outras que vêm pela segunda ou terceira vez, o que é um bom sinal».
«Muitos americanos conhecem-me pelo projeto com os Rolling Stones, alguns são fãs de fado desde há muitos anos, outros foram a Lisboa e conheceram a minha música. Na semana passada, um senhor veio ter comigo e disse que me conhecia porque tinha ouvido a minha música no elétrico que está no Chiado, outro disse-me que eu era um fenómeno do YouTube. Acontece um pouco de tudo», explicou Ana Moura.
Depois dos Estados Unidos, a fadista vai partir para o México, seguindo-se Letónia, Alemanha, Liechenstein e Eslovénia. Ana Moura diz que se sente uma embaixadora de Portugal durante as digressões internacionais. «Sinto-me um pouco como embaixadora da nossa cultura, porque as pessoas fazem-me perguntas e dou entrevistas. Há muita curiosidade. Nos Estados Unidos, há sempre universidades que me pedem para dar workshops, e eu aceito sempre com muito prazer», diz.