Faz este mês dez anos que a Argentina viveu um dos momentos de maior contestação social no país. A crise da dívida externa e as duras medidas de austeridade, levaram a população ao desespero e às ruas. Na Última Hora esteve, esta noite, o argentino Andrés Malamud, professor no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, que viveu estes dramas na primeira fila.
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Milhares de pessoas invadiram as ruas, contra as medidas austeridade que incluíram o congelamento de poupanças e a limitação dos levantamentos bancários, batendo em tachos, num protesto que ficou conhecido por "Panelaço" e que acabou por derrubar o governo.
Andrés Malamud viveu todos estes dramas na primeira fila. Do ministério da justiça argentino onde trabalhava, ele recordou à TSF os momentos de violência e como teve que investir em propriedades para garantir o valor do seu dinheiro, algum que ainda espera vir a recuperar.
O investigador fez o paralelismo com a actual situação de crise em Portugal, considerando que a contestação social também vai "engrossar" e que a estratégia de austeridade não é solução, por isso a Europa tem que agir de imediato.