Argentina apoia vinda de cientistas para Laboratório de Nanotecnologia
Cientistas argentinos vão passar a colaborar de forma «estreita e continuada» com o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, desenvolvendo projetos competitivos para concorrer a financiamento europeu e mundial e com utilização na indústria, saúde e ambiente.
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Portugal, Espanha e Argentina assinaram hoje em Lisboa um memorando de cooperação científica na área da nanotecnologia, com prioridade para nanodispositivos, nanoeletrónica e nanopartículas aplicados à medicina, ao controlo ambiental e à monitorização da qualidade da água e alimentos.
O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (LIIN), situado em Braga, foi um investimento de Portugal e Espanha e «está em expansão», mas as suas infraestruturas, «ao nível do melhor que há no mundo», estão já a ser utilizadas por cientistas de 18 países, como a China, como salientou o ministro da Educação e Ciência.
Nuno Crato falava na cerimónia de assinatura do memorando, ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Lino Baranao, e do embaixador de Espanha em Lisboa, Eduardo Junco, em representação da secretária de Estado da Investigação espanhola.
«Já existem colaborações pontuais entre os cientistas dos três países, o que pretendemos agora é que essas colaborações se desenvolvam muito mais através de projetos financiados pelos países e que partam de um concurso de projetos que o ministro da Argentina vai promover», explicou Nuno Crato.
«Pretende-se que haja uma vinda sistemática de cientistas argentinos ao Laboratório e vice versa», acrescentou.
Os laboratórios têm de rentabilizar os seus espaços e a aposta vai para «investigação científica de muita qualidade, que é aquela em que os três países estão empenhados», com a inovação das descobertas e dos serviços a ser utilizada pelo tecido empresarial, uma ideia defendida pelos ministros português e argentino.
O governante português acredita que esta plataforma vai possibilitar o concurso a financiamento europeu e mundial através dos instrumentos apropriados.
A Europa tem um orçamento para o Horizonte 2020, que é o maior de sempre, e a ele podem concorrer de forma competitiva cientistas dos três países desde que situados numa plataforma como aquela do Laboratório Ibérico, o que beneficiará os três países.