A foz do rio Douro recebe amanhã, dia de S.João, a corrida dessas embarcações. A conversa com o homem do leme do barco que ganhou no ano passado revela que essa é uma arte com grande dose de imponderáveis e de improvisos.
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Amanhã é o grande dia dos rabelos. É chegada a data em que essas embarcações, marcas da paisagem e da história do vinho do Porto, soltam amarras e içam velas para uma corrida que vai do Cabedelo, onde o rio se funde no mar, até à meta, próxima da ponte Luís I.
Antecipamos esse momento, descobrindo as peripécias de quem se mete nessa aventura.
Todos os timoneiros sujeitam-se ao feitio do rabelo, que não tem quilha e que tem o fundo chato.
Não é definitivamente um barco feito para corridas. E depois há a grande vela, que tapa a vista ao piloto.
Como se não bastasse, há ainda a falta de experiência da tripulação. É que os ajudantes, voluntários de cada uma das caves, de navegação pouco ou nada sabe.
Mas é também por tudo isto que dizem que esta é uma corrida única. Amanhã serão catorze os rabelos que,com maior ou menor dose de peripécias e improviso, lutarão pela vitória na regata de S.João.