
«Interstellar», de Christopher Nolan
DR/Warner
O novo filme de Christopher Nolan tem deixado a crítica e os fãs deslumbrados. «Interstellar», que estreia esta quinta-feira em Portugal, é já considerado um novo marco da ficção científica. Fomos investigar algumas teorias que inspiraram o filme que teve como mentor um dos mais famosos astrofísicos da atualidade.
Corpo do artigo
Kip Thorne, astrofísico do Instituto de Tecnologia da Califórnia e especialista em Teoria da Relatividade, foi o braço direito do realizador britânico.
«Interstellar» tem feito surgir comparações com «2001 - Odisseia no Espaço», de Stanley Kubrick, pela temática e pela associação às teorias, neste caso, de Arthur C. Clarke. Mas também encena um tratado filosófico e até espiritual que recorda a obra de Terrence Malick, autor de «A Árvore da Vida» ou «A Barreira Invisível».
[youtube:sdCYqB6fNoc]
De buracos negros à vida noutros planetas, passando por robots inteligentes e viagens no tempo e à velocidade da luz, o filme de Christopher Nolan procurou nunca sobrepor as premissas científicas à história que quer contar.
O site Popular Science procurou explicar algumas das teorias que estão presentes em «Interstellar»:
Buracos negros
A existência de buracos negros é aceite, em geral, pela comunidade científica. Formam-se após a morte de alguns tipos de estrelas e são estruturas tão densas e com uma força gravitacional tão elevada que absorvem tudo à sua volta, inclusive a luz. Resultam de duas teorias: a teoria geral da relatividade, de Einstein, e a mecânica quântica, de Stephen Hawking, que defendeu nos anos 1970 que os buracos negros têm de emitir radiação.
Wormholes
São objetos hipotéticos da Física, que possibilitam viagens com "atalhos" entre espaço e tempo. Em teoria, são como túneis que permitem encurtar a distância entre duas áreas do Universo, o que permitiria poupar dezenas ou centenas de anos nas viagens espaciais.
Outros planetas
No filme, a Terra está a morrer e o sistema solar não parece ser uma opção viável. Na busca de uma "nova" Terra, e com recurso a um wormhole, os cientistas encontram doze planetas que têm de investigar. Atualmente, já foram confirmados perto de 1800 exoplanetas, ou seja, planetas não habitados situados fora do sistema solar. A procura por sistemas planetários a orbitar outras estrelas que não o Sol, é um dos maiores objetivos científicos, tecnológicos e filosóficos da atualidade.
Gliese 667 Cc
É um exoplaneta encontrado num sistema triplo, ou seja, tem três sóis, e é o mais promissor dos exoplanetas encontrados até hoje. Tem 4,39 vezes a massa da Terra, uma temperatura que ronda os 30 graus. é capaz de abrigar água em estado líquido e é rochoso. Está a 22 anos-luz da Terra e um ano dura 28 dias.