
Um australiano, identificado como Warren Rodwell, surge num vídeo divulgado no YouTube, em que alega ter sido raptado há um ano no sul das Filipinas pelo grupo terrorista islâmico Abu Sayyaf.
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O vídeo de um minuto e 57 segundos confirma as informações da polícia que tinha atribuído o sequestro à mesma organização.
[Youtube:KGhH083WdBI]
«Este vídeo serve para dizer que estou vivo e à espera de ser libertado», declarou Rodwell na mensagem gravada a 16 de dezembro, em que surge com um jornal do dia anterior na mão.
O australiano, natural de Sidney e com cerca de 50 anos, diz ter sido sequestrado a 05 de dezembro de 2011, na sua casa na ilha de Mindanao, no sul das Filipinas, que se encontra em cativeiro sem conhecimento do que se passa no exterior, que os seus raptores normalmente não falam inglês, alegando não ter esperança de ser libertado.
Num outro vídeo divulgado em janeiro, Rodwell dirigia-se à sua mulher, a filipina Miraflor Gutang, declarando que os seus raptores reclamavam dois milhões de dólares norte-americanos para o libertarem.
Fundado por um grupo de ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética em Basilan em 1991, o Abu Sayyaf levou a cabo os atentados mais sangrentos nas Filipinas e realizou múltiplos sequestros, colaborando com o grupo Yemaa Islamiya, aliado da Al-Qaida.
Este grupo terrorista reivindica o estabelecimento de um Estado islâmico na região dominada por sultanatos muçulmanos até à chegada dos colonizadores espanhóis, não conta com mais de 300 membros e sobrevive com o apoio das comunidades muçulmanas no sul das Filipinas e com as receitas dos sequestros e de outras atividades criminosas.