O presidente da câmara de Águeda recordou que a última inspecção feita à ponte de Lamas do Vouga dizia que esta não corria o risco de ruir, o que veio a acontecer.
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O autarca de Águeda que encontrar os responsáveis pela queda da ponte quinhentista de Lamas do Vouga, que ruiu no fim-de-semana numa altura em que já se encontrava interditada ao trânsito.
Em declarações à TSF, Gil Nadais lembrou que a última inspecção garantia que não havia qualquer risco de a ponte ruir nos próximos tempos, apesar de alertar para as más condições da estrutura.
«Aquilo que nos disseram foi que deveríamos encerrar a ponte ao trânsito apenas quando o rio fosse muito caudaloso, altura em que ponte oferecia risco», explicou o presidente da câmara.
Apesar disto, a câmara municipal decidiu «encerrá-la ao trânsito, permitindo só a passagem de pessoas, porque, segundo o relatório, não era previsível o colapso da ponte».
«Vamos analisar cuidadosamente a situação e obviamente a câmara defenderá sempre os seus direitos e levará este assunto até onde entender que deve levá-lo», adiantou.
Gil Nadais acrescentou ainda que esta ponte, cuja conservação estava a cargo da câmara, dificilmente será reconstruída, uma vez que os custos previstos de dois milhões de euros são muito altos para os cofres da autarquia.
Apesar dos transtornos que a queda desta ponte causa à população, o autarca recordou que há alternativas, nomeadamente, uma outra ponte a «cerca de cem metros que assume aquelas funções».
«Causa transtorno sobretudo aqueles que se deslocavam a pé entre uma povoação e outra. Esses terão de fazer uma volta que corresponderá a cerca de um quilómetro. Em vez de ser 200 metros será um quilómetro», concluiu.