Apesar do corte no orçamento, a prevenção não será descurada pela Autoridade para as Condições de Trabalho, revelou o inspector-geral, quando, esta quinta-feira, se assinala o Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho.
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O orçamento da Autoridade para as Condições de Trabalho sofreu, este ano, um corte de nove milhões de euros, passando de 53 para 44 milhões de euros, revela o inspector-geral do Trabalho, na véspera do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho.
Apesar do corte no orçamento, José Luís Forte garante que não fará poupanças na prevenção, pois a crise «não pode servir de desculpa para poupar no que é essencial». «Ter acidentes de trabalho acarreta um custo mais elevado do que não tê-los», frisou.
Em declarações à TSF, este inspector-geral avisou que, em Portugal, «há uma falta de cultura de prevenção e alguma displicência no seu tratamento».
Segundo José Luís Forte, este cenário gera «situações de elevado stress no mercado de trabalho que resultam em consequências psicológicas e físicas».
Sobre o orçamento de Autoridade para as Condições de Trabalho para 2011, José Luís Forte revela que «de um montante inicial de 53 milhões de euros há, neste momento, cerca de 44 milhões de euros, devido a cativações e a cortes».
«Vamos cortar nas despesas consideradas supérfluas, ser mais criteriosos com as deslocações ao estrangeiro e no país, começar a gastar menos papel e menos dinheiro nas frotas automóveis e nos telefonemas», concluiu.