Um dia de luto nacional, marcado por um minuto de silêncio, será observado esta sexta-feira na Bélgica em memória das 28 pessoas, incluindo 22 crianças, que morreram num acidente de autocarro na Suíça, divulgou hoje o governo belga.
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O minuto de silêncio será observado às 11h00 hora local (10h00 hora de Lisboa) em todo o país, nomeadamente nas escolas e nos serviços públicos, decidiu hoje o governo, após uma reunião do Conselho de Ministros.
«Vivemos uma tragédia nacional (...) A nossa dor é imensa. O país inteiro chora os seus filhos. Convidamos a população a observar um minuto de silêncio, amanhã [sexta-feira] às 11h00. Todas as bandeiras do país vão estar a meia haste. O país inteiro vai prestar homenagem a estes destinos desfeitos», declarou o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, numa declaração diante do Parlamento.
A Igreja Católica também decidiu que os sinos de todas as igrejas do país vão tocar durante alguns minutos após o minuto de silêncio.
As principais cerimónias de homenagem terão lugar em Lommel (nordeste) e Louvain (centro), de onde eram originárias a maior parte das vítimas.
Um autocarro, que transportava 52 pessoas, sofreu na terça-feira um acidente num túnel na Suíça, em Sierra, no cantão de Valais, junto às estâncias de neve populares dos Alpes Suíços.
Pelo menos 28 pessoas morreram, incluindo 22 crianças (15 belgas e sete holandesas) que andavam na escola na Bélgica.
Vinte e quatro pessoas ficaram feridas no acidente, tendo sido transportadas para os hospitais de Sierra, Sion, Berna, Martigny e Lausanne.
O governo belga disponibilizou meios aéreos militares para repatriar os feridos e os familiares das vítimas, que chegaram na quarta-feira ao território suíço.
Entre os 24 feridos, quatro estão em estado grave, incluindo três casos que não podem ser transportados, segundo as autoridades belgas.
O repatriamento dos corpos das vítimas mortais não deverá começar antes de sexta-feira, apesar de o primeiro-ministro belga ter admitido que o processo poderá começar ainda hoje à noite.
«As identificações estão a decorrer mas o processo leva algum tempo», precisou Di Rupo, que saudou «a qualidade do trabalho dos polícias, dos serviços médicos e dos bombeiros suíços» e agradeceu «o apoio notável» das autoridades suíças.