O papa solicitou hoje um maior reconhecimento do papel da Igreja no México, país muito católico e muito laico, exigindo que «a dignidade de toda a pessoa humana» não seja «desvalorizada», noticia a AFP.
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Depois desta clara alusão às tensões recentes levantadas em torno da laicidade e diversos projetos de reforma sobre a família e os costumes (aborto, homossexualidade), Bento XVI acrescentou que a Igreja «apenas quer fazer o bem, de maneira desinteressada e respeitadora, ao que está na necessidade, a quem falta, mais do que tudo, uma prova de amor autêntica».
Recebido pelo presidente mexicano Felipe Calderón, à sua chegada ao aeroporto Guanajuato, no primeiro dia da sua viagem ao México e a Cuba, o papa afirmou que estava contente por se encontrar na América Latina.
«Desejo cumprimentar todos os mexicanos e abraçar as nações e os povos latino-americanos», afirmou.
Solicitou ainda que o povo mexicano «honre a fé recebida e as suas melhores tradições», num país de fortes tradições cristãs, mas que está a verificar uma baixa da prática religiosa.