O presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares diz que o município está em «situação de rotura financeira» e que deverá ter de recorrer a um «plano de ajustamento» que passará por despedimentos .
Corpo do artigo
A câmara está numa situação de rotura financeira e, para estas situações, aquilo que o Governo tem previsto é uma intervenção que está contemplada na nova lei das Finanças Locais ao abrigo de um fundo intermunicipal, o que vai implicar determinadas medidas da câmara municipal», afirmou à TSF João Miguel Henriques.
O autarca foi eleito presidente da Câmara de Poiares pelo PS, nas autárquicas de 29 de setembro de 2013, sucedendo ao social-democrata Jaime Soares, que não se recandidatou ao lugar por força da lei de limitação de mandatos.
João Miguel Henriques disse que «detetou um conjunto de ilegalidades na gestão do município, nomeadamente aquisição de bens e serviços, sem cabimentação orçamental e que agora não podem ser assumidas, a menos que se consiga uma decisão judicial nesse sentido».
A atos de gestão duvida, o autarca deu como exemplo obras que não deviam ter sido feitas.
O anterior presidente da câmara de Vila Nova de Poiares, Jaime Marta Soares, rejeitou as acusações e disse que não existem ilegalidades e que tudo feito em nome do desenvolvimento.
«O património está à vista. São 60 milhões de euros. O passivo é uma atitude politicamente desonesta. são obras que estão realizadas e pagas, mas tem de passar o período em que ficam reguladas e que, ao fim de cinco anos passam para os ativos da câmara», defendeu.
A Câmara de Vila Nova de Poiares tem uma dívida de 21 milhões de euros e um passivo superior a 29 milhões.