Perante as dificuldades vividas no país, a Cáritas defende que «dentro dos poucos recursos que Portugal tem disponíveis há que destacar uma parte destes» para ajudar os mais necessitados.
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A Cáritas sugere a criação de uma linha de crédito para ajuda aos mais necessitados, isto na sequência do aumento de pedidos de ajuda que têm chegado ao conhecimento desta instituição de solidariedade social da Igreja.
Em entrevista à TSF, Eugénio Fonseca reconhece que a margem do Estado é curta, mas «dentro dos poucos recursos que Portugal tem disponíveis há que destacar uma parte desses para este fim».
«É preciso ter na devida conta que há pessoas neste momento que se estão a alimentar mal, que estão em risco de perder as suas casas e para isso há que criar uma linha de financiamento que responda directamente, sem burocracias e de forma célere em fazer chegar esses apoios às pessoas», acrescentou.
Perante o pedido de ajuda externa de Portugal, Eugénio Fonseca recordou que os mais desfavorecidos não podem ser novamente sacrificados, mas tem alguma dificuldade em acreditar nisto, apesar das garantias dos partidos neste sentido.
«O Governo não tem investido nada nesta resposta imediata aos problemas. O que existe são programas estabelecidos que não chegam a todos e sobretudo aos que, por falta de posto de trabalho, caíram em situação de pobreza», adiantou.
Por esta razão, «está na hora do o Governo assumir a criação de um plano de ajuda directa às pessoas, sobretudo no que diz respeito às respostas mais básicas, nomeadamente situações mais gravosas que possam resultar das medidas de austeridade».