Os industriais portugueses de carne garantem que não passa por eles a mistura de carne de cavalo com vaca e que os produtos encontrados têm origem estrangeira.
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A diretora executiva da Associação dos Industriais de Carne diz que o problema é europeu e não tem a ver com Portugal.
«Não é um problema da indústria de carnes nacional, nós estamos na Europa, num mercado global e quando existe um problema é frequente que os milhares de produtos que são fabricados se encontrem em vários mercados», sublinha.
Laurentina Pedroso desvaloriza ainda os vestígios encontrados na operação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e explica que os industriais de carnes nacionais que fornecem as grandes superfícies fazem-no apenas no segmento dos produtos frescos e na charcutaria.
Ontem, a ASAE anunciou a apreensão de 79 toneladas de carne e dezanove mil embalagens de comida com carne e instarou cinco processos crime a empresas portuguesas.
Em concreto, os vestígios foram confirmados em treze das mais de 130 amostras que foram analisadas em laboratório.
Ouvido pela TSF, António Nunes, o inspector geral da ASAE, disse que há produtos de marca branca entre os que foram apreendidos.
«Estão em causa produtos fornecidos a vários operadores económicos. Estamos num processo-crime, não temos atentados contra a saúde pública, mas sim falsas mercadorias», afirmou.