Vitorino considerou que a cantora cabo-verdiana sempre defendeu a música tradicional do país e «salvou de certa maneira a morna».
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O cantor Vitorino descreveu Cesária Évora, que faleceu, este sábado, aos 70 anos, foi uma «mulher muito sofrida e mal compreendida» no tempo em que a «morna foi muito atacada pelo zouk».
«Havia uma influência francesa muito grande na música tradicional cabo-verdiana, no entanto, a Cesária Évora defendeu-a sempre. Ela corporiza a morna e a coladera. Era muito mal tratada, mas felizmente depois perceberam que era uma actriz e cantora única», acrescentou.
Ouvido pela TSF, Vitorino considerou mesmo que Cesária Évora «salvou de certa maneira a morna» e congratulou-se por a cantora cabo-verdiana ter «acabado bem os seus dias, acabado em alta».
«Era muito generosa. A partir do momento em que havia dinheiro, a porta dela estava sempre aberta e havia sempre cachupa para toda a gente que aparecesse, para quem precisasse à volta da casa dela», recordou.