
A CGTP e a UGT estão unidas na indignação. Neste caso por causa dos serviços mínimos de 50 por cento para os autocarros em Lisboa e no Porto, no dia da geve geral.
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Na contagem decrescente para a greve geral conjunta desta quinta-feira Carvalho da Silva e João Proença denunciam o que classificam como uma tentativa de pôr em causa esse direito à greve.
Esta indignaçao dos líderes das centrais sindicais tem a ver com a decisão do Tribunal Arbitral que para o dia da greve decretou serviços mínimos na Carris, em Lisboa, e na SCTP, no Porto, a 50 por cento.
Os sindicatos vão recorrer porque nao compreendem esta decisão ainda para mais recordam que no ano passado também para a greve geral não foram decretados serviços mínimos para os autocarros e também porque para outros transportes como a Soflusa e a Transtejo não foram igualmente definidos serviços mínimos.
João Proença, o secretário-geral da UGT acredita que há em todo este caso um mal entendido. O tribunal arbitral vai voltar a analisar a situação esta tarde e João Proença quer acreditar que a posição seja revista.
Para Carvalho da Silva, da CGTP, estes serviços mínimos de 50 por cento vão contra a lei e não passam de uma tentativa para impedir os trabalhadores de fazer greve.
A TSF falou também com Sérgio Monte, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, que considera a decisão do Tribunal Arbitral exagerada e com ironia diz que não são serviços mínimos são serviços médios.
Perante a indignação e as queixas dos sindicatos, a TSF procurou respostas junto do Instituto do Direito do Trabalho. Romano Martinez, o presidente deste instituto, explica que não há propriamente uma regra para fixar os serviços mínimos. Tudo depende das greves e necessidades das empresas.