O gato dourado africano é o felino menos estudado de África. O animal vive nas densas florestas tropicais o que dificulta a entrada para os seres humanos. A falta de informação sobre esta espécie levou investigadores do Gabão e do Uganda a instalar câmaras fotográficas no seu habitat natural e pela primeira vez registaram algumas imagens inéditas.
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A investigação foi conduzida por David R. Mills que estuda o gato dourado africano no Uganda desde 2010. De acordo com o cientista, várias câmaras fotográficas foram colocadas no Parque Nacional de Kibale e ali ficaram 18 mil dias. Ao todo, segundo o investigador, foram registadas 300 imagens, mas apenas quatro revelam as crias do felino.
David Mills considera que a escassez de fotos com os " filhotes" fica a dever-se ao facto da câmaras fotográficas terem sido colocadas junto a trilhos de caça. O investigador sugere que estes trilhos serão percorridos pelas progenitoras enquanto as crias tendem a correr um pouco mais para dentro ou seja em zona de mato que as referidas câmara não conseguiram captar.
As quatro fotos obtidas revelam, no entanto, uma particularidade. É que as crias deste "gato" podem ter um pelo de cor diferente da dos pais. Normalmente os animais possuem uma pelagem vermelha dourada, mas há exemplares cinzentos, pretos e castanhos e os " pequenos" podem ter variações destas cores.
O gato dourado africano tem o dobro do gato doméstico e o seu peso varia entre os 6 e os 16 kg..
Os gatos dourados africanos estão classificados pela União Internacional para a Conservação da Natureza como «quase ameaçados». Ao certo não se sabe quantos existem uma vez que as raras visualizações da espécie dificultam uma contagem certa da população. Além disso esta é uma espécie que enfrenta várias ameaças nomeadamente os caçadores, que o perseguem principalmente na África Central, e a perda de habitat decorrente do abate massivo de árvores.