
Cinemateca
Global Imagens/Gonçalo VillaVerde
A partir de segunda-feira a Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, reorganiza a programação mensal, ao por em diálogo as duas salas de exibição e ao criar novas rubricas, como a do "Realizador convidado" a programar.
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De acordo com o Museu do Cinema, Pedro Costa é o primeiro realizador convidado desta rubrica, descrita como uma residência artística, e que, ao longo de três semanas contará com filmes dele - como "Casa de Lava" e "Sangue" -, outros de exibição rara - haverá cinema de Dziga Vertov - e encontros com outros artistas, como Rui Chafes e Paulo Nozolino.
As sessões acontecerão na Sala Luís Pina, «laboratório permanente de projeção e debate» e onde acontecerá também o ciclo «Histórias do Cinema», com um convidado a programar cinco sessões.
O regresso desta rubrica dá-se com a historiadora e ensaísta britânica Laura Mulvey, que propõe cinco filmes do realizador alemão Max Ophuls.
A sala M. Félix Ribeiro fica destinada aos «grandes ciclos de autor ou temáticos», como o que decorrerá este mês dedicado a João Bénard da Costa, antigo diretor da Cinemateca, com filmes por ele anteriormente apresentados.
O primeiro filme, a exibir na segunda-feira, é «Noivos Sangrentos» (1973), primeira longa-metragem do realizador norte-americano Terrence Malick.
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Em fevereiro, a Cinemateca publicará o primeiro volume de «Escritos sobre cinema», de João Bénard da Costa.
Na reorganização da programação, a Cinemateca propõe, nas sextas-feiras, sessões à meia-noite. As de janeiro serão dedicadas ao grupo Beatles, com os filmes «A hard day's night» (1964), «Help» (1965), «Yellow Submarine» (1968) e «Let it be» (1970).
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Aos sábados à tarde haverá sessão dupla, ou seja,, um bilhete dará direito a duas sessões programadas especificamente pela Cinemateca.
Em outubro passado, o diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, na apresentação da estratégia para os próximos anos, afirmou que um dos eixos importantes é a relação do Museu do Cinema com o seu público, com uma revisão das grelhas de programação e a uma maior articulação com as escolas, para que os mais novos possam «experimentar emocionalmente» o que é ver um filme numa sala escura.