O Ramadão, nono mês do calendário islâmico e período de jejum e especial observância religiosa para milhões de muçulmanos, começa esta segunda-feira depois da "Primavera árabe" que abalou os regimes de vários países árabes desde o início do ano.
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Na generalidade do mundo árabe, as maiores manifestações populares têm coincidido com as sextas-feiras, dia de oração no mundo muçulmano.
Amar Al-Kurbi, activista dos direitos humanos sírio, disse à agência Ria-Novosti que o mesmo fenómeno pode ocorrer durante o Ramadão.
«Todos os dias durante o Ramadão, reúnem-se grandes multidões para participar nas orações nocturnas. A seguir, vão participar em manifestações», disse Al-Kurbi.
No Egipto, o Ramadão será marcado pelo início do julgamento do ex-Presidente Hosni Mubarak e dos seus filhos, com data marcada para quarta-feira.
Na Líbia, onde desde Fevereiro persiste uma guerra civil entre o regime de Muammar Kadhafi e os rebeldes que o querem derrubar, a NATO já anunciou que não irá interromper os seus ataques aéreos durante o Ramadão.
Observadores citados pela agência France Presse esperam contudo que o ritmo dos combates abrande no Ramadão, período durante o qual é vedado aos muçulmanos alimentarem-se durante o dia.