Começou a missão de espeleologistas à mais perigosa gruta do mundo
A missão às entranhas do maciço de Ándara, nos Picos de Europa, começou esta manhã e é liderada pelo investigador madrileno de 48 anos, Raul Perez, do Instituto Geológico e Mineiro de Espanha. O objetivo dos espeleologistas é estudar os sismos.
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Raul Perez, o líder da missão, antes de começar a descida, fez questão de dizer ao El País que a tarefa vai demorar pelo menos 3 dias até atingir o fundo da gruta asturiana. Trata-se da "gruta mais profunda que existe em Espanha, atinge os mil e 600 metros de profundidade e isso coloca-a como a sexta ou sétima , próxima da gruta mais profunda do mundo. Mas mil e 600 metros de profundidade significa que são precisos pelo menos, 3 dias para alcançar o fundo. Tecnicamente é a gruta mais difícil do mundo".
O Cerro del Cuevón já é conhecido deste investigador que explorou esta gruta até aos 700 metros há 3 anos e por isso fala em sensações únicas. Raul Perez afirma que "dentro da gruta, no buraco, a principal sensação que tens é medo. E tu estás numa zona profunda, centrado num isolamento tal, que chegas a um ponto que perguntas a ti próprio se vale a pena sair".
É com este espírito que a equipa de Raul Perez iniciou a descida esta manhã. Cientes de que o grau de perigosidade vai depender dos desafios que vão encontrar ao longo dos mil e 600 metros de descida. Tudo isto para estudar melhor os sismos já que "o objetivo é obter um perfil térmico profundo, porque na história, para se estudar a perigosidade dos sismos, é preciso calcular os perfis térmicos onde se produzem os terramotos".