Os investigadores consideram o Atlantos um dos maiores e mais ambiciosos projetos europeus de investigação marinha das últimas décadas.
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O Atlantos pretende definir a estrutura geral do novo sistema de observação oceânico europeu para uma melhor gestão dos recursos marinhos. A Universidade do Algarve é um dos muitos parceiros.
No projecto, que envolve 62 parceiros de 18 Países, a Universidade do Algarve ficou responsável por desenvolver sistemas de previsão e mapas de risco para eventuais derrames de hidrocarbonetos em todo o Atlântico.
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Os investigadores do CIMA, o Centro de Investigação Marinha e Ambiental vão desenvolver modelos matemáticos baseados nas correntes, no estado do mar e nas rotas marítimas.
Esses modelos servirão para definir sistemas de previsão e mapas de risco dinâmico de derrames de hidrocarbonetos. Para isso vão utilizar os dados europeus já disponíveis em todo o Atlântico.
Na costa sul de Portugal, os perigos de um derrame são ainda maiores. Por ali passa a maioria do transporte marítimo do Mediterrâneo para o Norte da Europa, particularmente os navios com crude.
Estima-se que passem anualmente ao largo do cabo de S. Vicente 200 milhões de toneladas de hidrocarbonetos?, diz Flávio Martins, responsável pela equipa da universidade.
Por isso este responsável salienta que no âmbito deste projecto , o estudo do caso português está mais adiantado.
O projecto Atlantos , tem 20 milhões de euros para gastar em 4 anos, muito pouco quando se sabe que para observar o Oceano a Europa gasta anualmente 200 milhões de euros.