
AFP
Centenas de pessoas reuniram-se esta segunda-feira, a Catedral de Santiago de Compostela, numa cerimónia fúnebre que homenageou as 79 vítimas do acidente ferroviário ocorrido semana passada.
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Para além dos familiares das vítimas e de muitos habitantes, participaram nesta cerimónia o príncipe herdeiro Felipe e sua esposa Letizia,e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, natural de Compostela.
Julian Barrio, arcebispo de Compostela, celebrou a missa em memória das vítimas e ofereceu palavras de conforto aos familiares presentes na cerimónia.
No exterior da Catedral de Compostela, turistas e peregrinos também prestaram homenagem à vitimas colocando flores e acendendo velas junto aos portões do edificio.
O maquinista do comboio assumiu perante o juiz de instrução que, na noite do acidente, se distraiu ao ponto de não saber onde estava.
Francisco José Garzón Amo, que conduzia o comboio na altura do acidente, falava perante o juiz Luis Aláex na tarde de domingo, tendo saído da audiência em liberdade, mas sujeito a apresentações semanais, depois de admitir em tribunal «uma imprudência».
Hoje, a agência Efe cita fontes próximas do caso para escrever que o maquinista reconheceu que circulava a mais do dobro da velocidade permitida na curva conhecida como 'A Grandeira', limitada a 80 km/h.
Afirmou também que não pensava estar naquele ponto da viagem e que, quando quis travar, o que chegou a fazer, era demasiado tarde.
Numa audiência de cerca de duas horas, Garzón Amo admitiu que o acidente não se deveu a falha técnica nem às condições do comboio ou do traçado, mas sim a um "erro humano", uma distração.
Garzón, que aguarda julgamento em liberdade com a obrigatoriedade de se apresentar parente o tribunal todas as semanas até ao julgamento, é acusado de 79 crimes de homicidio.
Esta segunda-feira de manhã, terminaram os trabalhos de remoção dos destroços do acidente e a circulação ferroviária foi retomada gradualmente.