Reagindo a acusações de assédio sexual dirigidas contra si, o bispo disse que «remexer em assuntos de há 30 anos que não ofenderam a moral pública não serve de modo ético a informação».
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O padre José Nuno Ferreira da Silva, autor da denúncia de assédio sexual, não presta declarações sobre o caso. O silêncio foi confirmado à TSF através do gabinete de comunicação do hospital de S. João, onde é capelão.
Ontem, D. Carlos Azevedo «negou totalmente» as acusações de assédio sexual que foram dirigidas contra si e lamenta que se tenha «remexido» em assuntos que têm três décadas.
Em declarações à SIC, o antigo bispo auxiliar de Lisboa considerou que «remexer em assuntos de há 30 anos que não ofenderam a moral pública não serve de modo ético a informação, mas visa meramente o sensacionalismo para destruir pessoas».
«Atos da vida privada que não atentam contra a dignidade de outros não são objeto de tratamento assim. As pessoas que acolhi, que me procuraram, feridas na sua história e que eu entendia não as excluo do meu amor e da minha dedicação se me contactam», acrescentou.
D. Carlos Azevedo confirmou ainda que a nunciatura apostólica nunca o contactou sobre este processo e nunca o chamou a depor sobre qualquer processo, tendo também negado a existência de qualquer repreensão contra si.
O bispo disse apenas que acompanhou o queixoso há 30 anos atrás no seminário do Porto, mas negou ter tido «qualquer relação com essa pessoa».
«Não há atitude de assédio para com ninguém nem nunca ninguém teve qualquer reparo nesse sentido comigo», reiterou D. Carlos Azevedo.
Notícia atualizada às 8h15