Uma equipa de arqueólogos egípcios descobriu uma estátua de grandes dimensões do século III antes de Cristo que representa o faraó Ptolomeu IV, que governou o Egipto entre os anos 221 e 203 a.C..
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O achado, anunciado esta terça-feira pelo ministro da Cultura egípcio, Faruk Hosni, foi feito no templo de Tabusiris Magna, na zona conhecida como Burg al Arab, 50 quilómetros a oeste de Alexandria, na mesma área onde estão a ser procurados os túmulos da rainha Cleópatra e do general romano Marco António.
Os arqueólogos encontraram também a entrada original do edifício, bem como as portas de pedra que determinam a localização desse acesso.
Por sua vez, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawas, observou que a estátua, à qual falta a cabeça, foi esculpida em granito e é uma das mais bem conservadas do período ptolemaico, que vai de 350 a 30 a.C..
Hawas acrescentou ainda que a obra está esculpida em estilo tradicional e que nela se destaca o torso nu e uma saia estriada.
O arqueólogo egípcio sublinhou que, segundo um documento encontrado juntamente com a estátua, esta pertence ao reinado de Ptolomeu IV, que ordenou a reconstrução do templo.
Além disso, a equipa de especialistas egípcios achou um grande túmulo que continha falcões mumificados com as cabeças viradas para o templo, o que indica, de acordo com Hawas, que existe um rei enterrado dentro do edifício.
O templo encontra-se no sítio arqueológico conhecido como Abusiris, uma das 14 zonas do país em que o deus egípcio Seth sepultou os pedaços do corpo do seu irmão, o deus Osíris, depois de o assassinar, segundo a antiga mitologia egípcia.
Na mesma área, os arqueólogos descobriram nos últimos meses um busto de Cleópatra, uma estátua real sem cabeça e 24 moedas com desenhos da rainha.