Para Ana Lia Miranda Santos, professora de Design do Equipamento, Steve Jobs «procurava a inovação e isso implica abraçar o que é desconhecido».
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Ana Lia Miranda Santos, professora de Design de Equipamento, da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, considerou que uma das proezas de Steve Jobs foi o destaque que deu ao design.
Ouvida pela TSF, este docente recordou que o ex-director-geral da Apple, falecido na quarta-feira, «procurava a inovação e isso implica abraçar o que é desconhecido».
«Ele fê-lo de uma maneira brilhante. Muitas vezes, o design e a indústria dos computadores foi crescendo numa lógica de optimização, ou seja, ia-se propondo produtos, mesmo que não fossem inovadores, que ainda tinham a memória dos objectos anteriores», adiantou esta professora.
Contudo, Steve Jobs «diz não e quer outras coisas e os objectos dele são profundamente inovadores, mesmo que não sejam perfeitos».
«Não põe o design ao serviço da indústria ou de outras coisas, mas põe as outras coisas ao serviço do design, que é uma coisa fundamental e fantástica. Eu dou gestão de Design e ele é uma das pessoas que falo inicialmente», lembrou.
Esta professora espera ainda que a morte de Steve Jobs, um «visionário e modelo», na opinião desta docente, não signifique o fim de uma época que considera rica na área do design.
«Sobretudo para os designers iniciou uma época. Esperemos que a morte dele não seja o fim dessa época, porque atrás da Apple e do comportamento que ele teve e a maneira que geriu a sua empresa muitos passaram a encarar o designe de outra forma», explicou.