O diretor da 82ª Feira do Livro de Lisboa admitiu hoje discutir datas diferentes para o certame do ano que vem, considerando que apesar das reclamações de editores e livreiros sobre a realização da feira em abril, o resultado global é positivo.
«Falo em relação aos participantes, público e organização», disse Miguel Freitas da Costa à agência Lusa, no último dia da feira, reconhecendo que este ano «não houve sempre as melhores condições por razões atmosféricas».
O também secretário-geral da Associação Portuguesa e Editores e Livreiros, que organiza a feira, salientou que «para a maior parte dos participantes, os resultados em termos comerciais foram positivos».
Questionado sobre o abaixo-assinado que mais de meia centena de feirantes subscreveu pedindo que a feira volte a realizar-se em finais de maio e princípios de junho para beneficiar de melhores condições meteorológicas, afirmou não o ter lido e declarou que as decisões para as datas para este ano foram «tomadas com consulta dos associados».
«Mas não há razão para não debater outra vez. A feira é para os participantes e não é para a organização, temos todo o interesse e estamos dispostos a ouvir seja quem for», frisou.
Os subscritores do abaixo-assinado queixavam-se da decisão de realizar a feira no fim de abril e princípio de maio, um mês antes do período habitual para a realização do certame.
Miguel Freitas da Costa referiu que em termos de animação, a feira deste ano foi «uma das mais intensas de sempre, com seiscentas ou mais iniciativas a decorrer».
Questionado sobre o bom resultado de vendas, opinou que «o mercado do livro não está a crescer e a feira foi uma oportunidade para muita gente de poder comprar livros mais baratos».