A tempestade de granizo que, na quarta-feira, caiu nos concelhos de Sabrosa e São João da Pesqueira arruinou culturas, sobretudo vinha, mas também hortas e pomares.
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Durou apenas 15 minutos, mas foi tempo suficiente para arruinar pomares, hortas, mas sobretudo, e é esse o pior dano, a vinha.
Uma violenta trovoada, seguida da queda granizo e acompanhada de vento forte, deixou um rasto de destruição no concelho transmontano de Sabrosa, na margem norte do Douro, no distrito de Vila Real, e também do outro lado do rio, em São João da Pesqueira, no distrito de Viseu.
Na freguesia de Celeirós, em Sabrosa, o caseiro de uma propriedade lamenta que o produto de um ano de trabalho tenha ficado arruinado. António Lima diz que aconteceu tudo muito rápido.
Para além de Celeirós, noutra freguesia do concelho de Sabrosa, Vilarinho de São Romão, também ficaram à vista os efeitos graves desta intempérie de verão. José Marques, o presidente da Câmara de Sabrosa, diz que o balanço é «tremendo». O autarca afirma que às portas da vindima é preciso encontrar maneira de minorar o dano.
Precisamente para avaliar o estrago seguem, esta manhã, para o terreno técnicos da Direção Regional de Agricultura.
Na última noite, o presidente da Casa do Douro já estava a par dos estragos nestes concelhos que dependem em grande medida da produção de vinho. Manuel António Santos fala de uma situação muito difícil.
Por sua vez, o comando distrital de operações de socorro de Vila Real, contactado pela TSF, diz que o fenómeno não voltou a repetir-se nas últimas horas, ainda que continue a chover naquela zona. A meteorologista Maria João Frada alerta no entanto para a possibilidade de trovoadas com granizo durante o dia de hoje, especialmente na região norte do país, referindo que estes fenómenos são normais nesta época do ano.