Dois elementos da banda feminina russa Pussy Riot, recentemente libertadas da prisão por Moscovo, participam a 5 de fevereiro num concerto em Nova Iorque, organizado pela Amnistia Internacional.
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«Mais do que ninguém, compreendemos a importância do trabalho da Amnistia para fazer a ligação entre militantes e prisioneiros», declararam Nadejda Tolokonnikova e Maria Alekhina, 24 e 25 anos, citadas num comunicado da Amnistia Internacional (AI) que anuncia o concerto no Barclays Center, em Brooklyn, Nova Iorque, nos Estados Unidos.
O concerto, no qual vão participar, entre outros, The Flaming Lips, Imagine Dragons, Lauryn Hill, Tegan and Sara, The Fray, Cold War Kids ou Colbie Caillat, será para as Pussy Riot uma oportunidade «de chamar a atenção para os prisioneiros de consciência».
«Há um mês, fomos libertadas de campos de trabalho na Rússia. Não esqueceremos nunca o que é estar na prisão após uma condenação política. Prometemos continuar a ajudar os que continuam atrás das grades», acrescentam as jovens.
Tolokonnikova e Alekhina cumpriam uma pena de prisão de dois anos por terem cantado uma "oração" contra o Presidente russo, Vladimir Putin, numa catedral ortodoxa de Moscovo em fevereiro de 2012.
As duas foram libertadas no final de dezembro, ao abrigo de uma amnistia aprovada pela câmara baixa do parlamento russo por ocasião dos 20 anos da Constituição.
Uma terceira integrante da banda, Ekaterina Samuttzevitch, foi igualmente detida e condenada, mas saiu em liberdade condicional em outubro de 2012.
Vinte e cinco anos após o seu primeiro concerto, que juntou os U2, Sting, Lou Reed e outros, a Amnistia Internacional quer agora sensibilizar as novas gerações para a questão dos direitos humanos, informou a organização.