Já foi entregue um novo dono um cão rejeitado por ter brincado na rua com o cão da enfermeira internada em Madrid com ébola. Nos Estados Unidos, há um cão de um doente que as autoridades não abateram, ao contrário do que aconteceu em Espanha com "Excalibur".
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São mais dois casos no debate sobre a relação entre os animais de estimação e o vírus que veio de África.
Em Espanha, o novo caso envolve um cão chamado "Tronco" que teve o azar de passear no mesmo sítio onde andava "Excalibur", o animal abatido na semana passada depois do internamento da dona. Os contactos foram poucos, mas suficientes para meter medo ao dono. Juan Esteban era o instrutor de "Tronco" na escola canina. Foi ele quem recebeu a chamada do dono que se queria ver livre do animal nos próximos dois dias. A busca por uma nova família foi para o facebook e não foi nada fácil. Apareceram milhares de comentários e gostos, mas apenas um interessado.
Juan diz que o cão foi levado ao veterinário, fizeram «todo o tipo de exames e está com a saúde perfeita». O animal foi assim entregue à nova família, que, durante 15 dias, por prevenção, vai ter de medir-lhe a temperatura para ver se existe alguma mudança que preocupe os veterinários.
Os especialistas ainda não sabem se é ou não possível um animal de estimação transmitir ébola. Nos Estados Unidos, em Dallas, ao contrário do que aconteceu em Espanha com "Excalibur", há um cão de um doente que as autoridades não abateram. Colocaram-no de quarentena em casa, onde lhe levam comida e água.
Em declarações à TSF, o diretor do departamento de doenças infecciosas dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Meliço Silvestre, diz que a quarentena é a melhor solução para estes casos.