O romance «Debaixo de algum céu», de Nuno Camarneiro, é o vencedor do Prémio LeYa 2012. Em declarações à TSF, o escritor confessa que «sonhava que fosse possível».
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Nascido em 1977 na Figueira da Foz, Nuno Camarneiro publicou em coletâneas e revistas até se estrear com o romance «No meu peito não cabem pássaros».
O Prémio LeYa é-lhe agora atribuído pelo romance «Debaixo de algum céu», que deve ser publicado em março, tendo sido decidido por maioria, segundo o júri, perante mais de de 270 obras originais a concurso.
Em declarações à TSF, o escritor conta que soube do prémio depois de ser contactado por Manuel Alegre, presidente do júri deste ano.
«Eu sonhava que fosse possível, mas ainda estou a tentar não ter um ataque cardíaco. É o meu objetivo para hoje», confessa.
Além de Manuel Alegre, O júri do Prémio LeYa 2012 é constituído pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, por José Carlos Seabra Pereira, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo.
O Prémio LeYa foi criado pelo grupo editorial que reúne mais de uma dezenas de editoras e chancelas de Portugal, Angola, Moçambique e Brasil, e o intuito do galardão é distinguir um romance inédito escrito em português.
Venceram o prémio «O Rastro do Jaguar», do jornalista brasileiro Murilo Carvalho, em 2008, «O Olho de Hertzog», do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, em 2009, e, em 2011, «O teu rosto será o último», de João Ricardo Pedro, o primeiro autor português a vencer o prémio. Na edição de 2010 o júri decidiu, por unânimidade, não atribuir o Prémio LeYa, dada a falta de qualidade dos originais apresentados.