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A perspetiva de comercialização de uma primeira vacina contra a malária, a partir de 2015, foi hoje acolhida com interesse mas prudência pelos especialistas no combate à doença.
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A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) anunciou hoje que vai solicitar autorização para comercializar a primeira vacina contra a malária junto dos organismos reguladores internacionais.
«Todos os progressos na luta contra a malária são bem-vindos e esta vacina pode representar uma nova arma importante para nós», congratulou-se Martin de Smet, especialista dos Médicos Sem Fronteiras (MSF).
«Mas não vai substituir outros métodos já em aplicação. Esta vacina não é eficaz a 50% e a proteção que oferece diminui aos dois anos de idade e mais ainda depois dos três anos», afirmou.
A farmacêutica, após «testes clínicos satisfatórios» efetuados em crianças africanas, indicou em comunicado que vai solicitar em 2014 à Agência Europeia de Medicina (EMA) e à Organização Mundial de Saúde (OMS) a autorização para a comercialização da vacina conhecida como RTS,S.
Os resultados da fase III da investigação foram revelados numa conferência de imprensa em Durban, África do Sul e reuniu especialistas em malária de todo o mundo.
A malária é responsável, anualmente, por 660.000 mortes em África, matando essencialmente crianças com menos de cinco anos.
A vacina poderá reduzir em um terço o número de crianças mortas.