O jornalista António Granado entende que o Expresso Diário ainda pode tirar melhor partido dos dispositivos tablet. Já Paulo Querido, consultor de Novos Media, vê esta nova edição como um «passo em frente».
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O jornalista António Granado entende que a edição do Expresso Diário, que vai sair todos os dias a partir das 18:00, precisa de ser afinada para que possa tirar melhor partido dos dispositivos tablet.
«A edição ainda não está suficientemente preparada para os tablet, o que significa que provavelmente ainda não está a ser feita a aposta certa no tipo de profissionais que são capazes de fazer esse tipo de jornalismo», explicou.
António Granado explicou que o tipo de jornalismo aplicado aos tablets implica «interagir mais com os conteúdos, quer através de gráficos, onde podemos tocar nos gráficos, vendo outros números e fazendo outras abordagens ao que nos é proposto no gráfico».
Em declarações à TSF, este professor universitário, autor do blog Ponto Media, propõe ainda a «interatividade com os leitores e redes sociais» e entende que a edição do Expresso Diário está ainda muito ligada ao papel.
Também ouvido pela TSF, o jornalista Paulo Querido entende que a edição do Expresso Diário, cuja primeira edição foi publicada esta terça-feira, significa um «passo em frente» e representa uma «modernização dele próprio».
Este consultor de novos media entende ainda como positivo que o Expresso Diário faça um «apanhado das coisas que foram de facto importantes ao longo do dia, o que é uma diferença em relação ao que se tem feito e ainda se faz em Portugal».
Para Paulo Querido, em Portugal tem-se «abusado dos slideshows e das coisas mais inacreditáveis, no fundo concorrer com os sites de gatinhos, que é o que os jornais se têm entretido a fazer nestes anos».
«O Expresso sai dessa lógica e isso é muito bom para o Expresso. Agora, não sei se isso é suficiente para a mudança de padrão», concluiu.