
TSF / Barbara Baldaia
Alfazema, tomates, feijoas, tangerinas, macieiras, maracujás, abóboras vão passar a enfeitar os canteiros da Faculdade de Medicina do Porto que estavam a ficar ao abandono.
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Amélia Ferreira, diretora da Faculdade, também gosta de pegar na enxada.
O fruto do pomar vai ser destinado à Abraço. "Para além do que vai ser roubado", graceja a médica convicta de que "nas abóboras vai haver Halloweens antes da época". "Mas não tem mal porque isto é partilha", conclui.
Os utentes da Associação Abraço e os doentes da Psiquiatria do São João vão ser, aliás, parceiros dos alunos de Medicina na plantação do pomar.
Quanto às abóboras, foi mesmo a diretora da Faculdade que insistiu para que se plantassem: "Vamos poder fazer compota, workshops culinários. Tudo isto é importante em termos de vida saudável. Faz muito bem à cabeça andar a tirar ervas, vai-se lembrando da anatomia e da fisiologia".
Os alunos vão meter as mãos na terra e aliar prazer a um investimento no futuro. Porquê? AndreéGuimarães, estudante do 2º ano faz a analogia: "Enquanto vemos a árvore a crescer, também as nossas competências pessoais vão crescer".
E Carlos Oliveira, estudante do 3º ano, complementa: "Uma das coisas que dá mais alegria é poder ver algo a crescer e a modificar".
Plantar para mais tarde colher.