Um fontanário de Baião tem água com elevados níveis de contaminação bacteriológica por E. Coli, cuja variante não é a mesma da assinalada na Alemanha, diz estudo da DECO.
Corpo do artigo
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor(DECO) refere que a água recolhida num fontanário de Ancede, em Baião, estava contaminada pela bactéria E.coli - mas não a da variante identificada na Alemanha - e também pela bactéria enterococus e coliformes fecais.
Na Proteste pode ler-se que estes organismos podem provocar febre, diarreia e vómitos, sublinhando-se que crianças, idosos e indivíduos debilitados podem ser os mais afectados.
Sílvia Meneses, técnica da DECO, disse Lusa que as análises ao fontanário de Baião detectaram 10 unidades de E. Coli por 100 mililitros, o que corresponde a meio copo de água, considerando esses valores «muito significativos«.
Segundo a DECO, fonte da Câmara de Baião disse à Lusa que a zona onde se encontra o fontanário, é servida por rede da água pública. Referiu também que esse tipo de fontanários, por vezes associado a tanques, é habitualmente usado para rega dos campos agrícolas ou para os habitantes lavarem a roupa.
Paulo Pereira, vice-presidente da Câmara de Baião diz que a autarquia segue com atenção este caso e afirma que a água em causa não era utilizada para consumo.
«É um fontanário que é utilziado para a lavagem de roupa, uma vez que tem um tanque e não para consumo», esclarece.
No estudo da DECO, os 35 fontanários analisados não tinham qualquer placa indicativa da qualidade da água, mas o vice-presidente da autarquia garante que, no caso de Ancede, a placa existia só que alguém a retirou.
«A câmara tem alertado as juntas de freguesia para a colocação de água imprópria para consumo ou de água não controlada nesses fontanários», frisou.