O fado ouvir-se-á, esta quarta-feira, pela primeira vez no Parlamento «imediatamente após o fecho da sessão plenária», segundo um comunicado de José Ribeiro e Castro, presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que organizou esta iniciativa.
Corpo do artigo
Este momento fadista, intitulado "Meia Hora de Ouro", estará a cargo de Carlos do Carmo que foi embaixador da candidatura do Fado e que será acompanhado à guitarra portuguesa por José Manuel Neto, à viola por Nélson Aleixo e à viola baixo por Fernando Araújo.
A primeira sessão desta comissão na actual legislatura, a 19 de Julho, foi simbolicamente dedicada ao fado, tendo recebido, nessa ocasião, Carlos do Carmo, que então não cantou, o presidente da comissão científica da candidatura, Rui Vieira Nery, a directora do Museu do Fado, Sara Pereira, e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto.
Esta quarta-feira, com a presença da presidente da Assembleia da República, Maria Assunção Esteves, ouvir-se-á o fado por «um grande intérprete [e] um dos grandes fautores deste êxito», escreve Ribeiro e Castro, que acrescenta que, através de Carlos do Carmo, se irá «expressar a nossa gratidão e admiração por todos os fadistas e as fadistas».
«O fado é uma marca característica e a sua projecção internacional, que já vem de longe, fica, agora, ainda mais escancarada. Os benefícios são evidentes. E o nosso amor-próprio também recebeu um precioso alento», escreve o parlamentar do CDS/PP, que preside à comissão.
«O reconhecimento do fado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade é uma grande distinção que premeia, em primeiro linha, os fadistas, os músicos, os poetas, os compositores, que fizeram e fazem, ao longo das gerações, a riqueza deste género específico da nossa cultura popular», remata Ribeiro e Castro.