A 24 horas do arranque da votação das candidaturas a Património Imaterial da Humanidade, onde concorre o fado, o chefe da delegação portuguesa desvalorizou o facto de a directora-geral da Unesco ter alertado para o elevado número de candidaturas.
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Fernando Anderson Guimarães considerou que mais de 50 candidaturas não é um «número muito grande», depois de, na abertura do VI Comité Inter-Governamental da Unesco, Irina Bokova ter apelado aos países para se conterem na apresentação de propostas.
O mesmo responsável lembrou que a distinção da Unesco não é sinónimo de subsídios ou de qualquer prémio monetário, mas vale sobretudo pelo prestigio no estrangeiro. «O fado é como o hino» para os portugueses que vivem fora do país, vincou.
A delegação portuguesa que se encontra em Bali, na Indonésia, espera uma aprovação por maioria, antecipando mesmo a hipótese de o fado ser inscrito na lista da Unesco por consenso, ou seja, sem necessidade de ser submetido a votação.