Uma família sul-africana criou equipas de guardas privados e oferece recompensas por informações que permitam prender e condenar os que comandam o tráfico do corno de rinoceronte, informou a agência noticiosa espanhola EFE.
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O objetivo da família D'Arrigo é salvar dos caçadores furtivos os rinocerontes do seu parque na região do Limpopo (norte), assim como de outras propriedades, com cujos proprietários também trabalham.
«Não nos interessam os caçadores. Prende-se um e vem outro. Procuramos os grandes chefes, que são pessoas de nível elevado», disse à EFE Franco D'Arrigo. A família tem negócios no sector da siderurgia, turismo e imobiliário, tendo sido a morte em outubro de dois rinocerontes -- um dos quais uma fêmea grávida - numa das suas propriedades que a levou a criar a Limpopo Rhino Security Group.
A equipa é formada por guardas armados, pagos pelos donos de cada um das 16 propriedades da zona e que se coordenam através do sistema de mensagens instantâneas WhatsApp, no qual também participa a polícia.
Graças às recompensas, a família já recebeu informações sobre a identidade de cabecilhas do tráfico, que tem como destino sobretudo a China e o Vietname, onde se atribuem propriedades curativas e afrodisíacas ao corno de rinoceronte.
A África do Sul é o país com maior população de rinocerontes, estimada em cerca de vinte mil animais. De acordo com o governo sul-africano, um total de 1.215 rinocerontes foram mortos no país em 2014, mais 21 por cento do que no ano anterior.