
Cartaz do Fantasporto
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A 32.ª edição do Fantasporto, o festival de cinema internacional do Porto, começa esta segunda-feira com a inauguração da estátua de um dragão, na praça D. João I, frente ao Rivoli.
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O festival deste ano, que decorre até 4 de março, tem um recorde de países representados, 33, com 406 filmes distribuídos ao longo de 188 sessões. Integra ainda um programa paralelo sob o título «O futuro agora», com debates e exposições e uma homenagem ao cineasta português António-Pedro Vasconcelos.
O diretor do Fantasporto destacou que o festival tem «80 por cento de filmes inéditos, só não são inéditos as retrospectivas». De acordo com Mário Dorminsky, será possível visionar aquilo que de melhor está a ser feito na Europa e no mundo.
«Não é um festival de cinema fantástico, é generalista», embora «haja uma pequena seção dedicada ao cinema do imaginário», explicou.
A competição abre no dia 24 com a exibição de «Shame», o novo filme do bitânico Steve McQueen.
No grande auditório do Rivoli, a programação começa pelas 21:15 com a retrospetiva dedicada a Ed Wood, com três filmes essenciais do realizador que alguns consideraram «o pior cineasta de todos os tempos», pela forma displicente com que filmava argumentos bizarros, com meios de produção desajeitados.
«Bride of the monster», com Bela Lugosi como protagonista, «Night of the Ghouls» e «Plan 9 from outer space», em que extraterrestres tentam conquistar a terra ressuscitando os mortos, são filmes a exibir.
Conforme explica o programa, «o que faz de «Plan 9» um filme tão divertido são as falhas de "raccord" contínuas, os diálogos bizarros e os artesanais efeitos especiais».
No pequeno auditório, pelas 18:30 horas, será possível ver o documentário «Um estudo de possibilidades», de Carlos Ruiz, que explora o processo criativo dos ensaios da peça de teatro «Bichos do Bosque», encenada por João Paulo Seara Cardoso, em 2007, para o Teatro de Marionetas do Porto.
Pela noite, a sala será ocupada com a exibição de curtas-metragens integradas no programa SCI-FI 1, às 21:00 horas, e pela exibição do filme «Hell», de Tim Fehlbaum, de 2011, uma história de ficção científica e suspense que tem lugar num mundo futuro, destruído pelos raios solares que fizeram a temperatura do planeta aumentar 10 graus.
Em declarações à TSF, o diretor do Fantasporto disse ainda que, para já, este ano o Fantasporto não tem cortes orçamentais, mas para 2013 parece difícil encontrar patrocinadores. Por isso, admitiu que a edição do próximo ano pode estar em risco.
Para Mário Dorminsky, o festival deve ter de vender a marca Fantasporto, ou seja, ligando o nome do evento a uma marca de empresa.
«De outra forma, parece-me um bocado difícil mantermos este diamante que continua a ser um diamante em bruto para ser explorado até em termos turísticos», rematou.