Investigadores búlgaros, com ajuda dos serviços de segurança norte-americanos FBI e CIA e da Interpol e Europol, estão a trabalhar para tentar identificar o bombista suicida do atentado anti-israelita de quarta-feira, foi hoje anunciado.
Corpo do artigo
O atentado, o primeiro do género na Bulgária, matou cinco israelitas, o motorista búlgaro do autocarro que transferia os turistas chegados ao aeroporto de Burgas, no Mar Negro, assim como um alegado terrorista suicida, um homem com cerca de 36 anos, registado por uma câmara de vigilância, disse o ministro do Interior búlgaro, Tsvetan Tsvetanov.
O atentado suicida foi imputado por Israel ao Irão como mandante e ao movimento xiita libanês Hezbollah como executante, o que ambos negaram com veemência.
O primeiro-ministro búlgaro, Boïko Borissov, prometeu «mais informações num prazo de três ou quatro dias» sobre este atentado.
Borissov conversou «durante 30 minutos ao telefone com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama», e os dois congratularam-se com «o bom trabalho em comum das equipas dos serviços de segurança búlgaros e norte-americanos», anunciou o Governo búlgaro.
Tsvetanov indicou que «a existência de um cúmplice não está excluída».
Interrogado na conferência de imprensa sobre a preparação do atentado na Bulgária, referiu que são «interpretações possíveis mas realistas» e que o suspeito era «não era um cidadão búlgaro», sem adiantar mais pormenores, o que poderá deixar entender que os investigadores prosseguem na identificação de um alegado terrorista suicida.
Segundo motoristas de táxi que o transportaram o suspeito, «o homem falava inglês com acento, talvez árabe».
O único documento de identidade encontrado no alegado terrorista é um falso «passaporte norte-americano», disseram as autoridades.