Todas as obras do realizador francês vão ser exibidas, pela primeira vez, nas próximas semanas, em Portugal. Os filmes, em versão digital restaurada, vão estar a partir do dia 20, em Lisboa, e de 1 de setembro, no Porto.
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O ciclo dedicado a Jacques Tati, "mestre francês da comédia", como descreve a Leopardo Filmes, vai contar com as seis longas-metragens que realizou e ainda sete curtas-metragens de exibição inédita em Portugal e que o cineasta escreveu ou interpretou.
A retrospetiva, que começa no dia 20, no Espaço Nimas, em Lisboa, com "Sim, Sr. Hulot" (1971), acontece depois da cinematografia de Jacques Tati ter sido alvo de restauro digital em 2013.
A acompanhar o ciclo, o Espaço Nimas vai acolher uma exposição de cartazes de uma das longas-metragens de Jacques Tati, reinterpretadas pelos ilustradores portugueses André Letria, Marta Monteiro, Madalena Matoso, Sara-a-dias, João Fazenda e Catarina Sobral.
No ciclo, além de "Sim, Sr. Hulot" serão exibidos "Há festa na aldeia" (1949), "As férias do Sr. Hulot" (1953), "O meu tio" (1958), "Playtime - Vida moderna" (1967) e "Parade", o último filme, feito em 1974 para a televisão sueca.
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A eles juntam-se as curtas-metragens "Procura-se brutamontes" (1934), de Charles Barrois, "Domingo animado" (1935), de Jacques Berr, "Cuida do teu gancho esquerdo" (1936), de René Cleement, "A escola de carteiros" (1946), de Tati, "Aulas noturnas" (1967), de Nicoolas Ribowski, "Especialidade da Casa" (1976), de Sophie Tatischeff (filha, montadora e assistente de Jacques Tati), e "Força, bastia" (1978), feito a meias entre pai e filha.
Jacques Tati, que tinha ascendência russa, francesa e holandesa, protagonizou todos os seus filmes. Morreu em 1982, vítima de uma pneumonia, deixando por concluir o projeto "Confusion".
Em 2010, o realizador Sylvain Chomet rodou o filme animação "O mágico", a partir de um argumento de traços biográficos escrito por Jacques Tati na década de 1950, com referências a uma filha ilegítima do cineasta.