
Fragata "Álvares Cabral"
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Nove dias depois do início da missão ao largo da Somália, a fragata portuguesa "Álvares Cabral" enfrentou, esta quinta-feira, a primeira tentativa de um ataque de pirataria, revelou à TSF o comandante Santos Fernandes, porta-voz da NATO.
No Golfo do Áden, ao largo da Somália, a fragata portuguesa "Álvares Cabral" frustou, esta quinta-feira, um ataque pirata contra um cargueiro de piratas.
À TSF, o comandante Santos Fernandes e porta-voz da NATO contou como se desenrolou esta acção.
«Devido à distância a que se encontra a fragata "Álvares Cabral" a intercepção demorou cerca de duas horas e meia, após o que foi lançada uma equipa de fuzileiros portugueses com recurso a um bote para efectuar a abordagem, que foi feita sem a oposição dos piratas», explicou.
Os piratas lançaram vários objectos ao mar, presumivelmente armas e outros equipamentos de acção ofensiva, contudo os fuzileiros da fragata portuguesa "Álvares Cabral" não fizeram qualquer detenção por não ser permitido pela lei portuguesa, como explicou o comandante Santos Fernandes.
«Em termos do Código Penal português, o crime de pirataria não está tipificado, como tal só podemos actuar se estiver em causa um cidadão português ou se forem factos praticados a bordo de um navio português, justificou.
A fragata "Álvares Cabral" assumiu no passado dia 9 de Novembro o comando da operação "Ocean Shield" da NATO.
O navio da Marinha portuguesa integra uma força naval constituída por dois navios norte-americanos e um italiano.
Portugal chefiará a missão da NATO de combate à pirataria ao largo da Somália até 25 de Janeiro de 2010.