O dicionário online de homenagem às "primaveras árabes" ultrapassou as primeiras mil entradas e "prisioneiro" foi a primeira palavra a ser "libertada", disse hoje à Lusa Pedro Patrício, um dos organizadores do projecto.
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A iniciativa, lançada na passada sexta-feira pela secção portuguesa da Amnistia Internacional, pretende a elaboração através de uma página na Internet de um dicionário com 155 mil entradas, em inglês, e partiu da ideia de elementos das agências portuguesas de publicidade e tecnologia digital WIZ Interactive e TORKE.
De acordo com o mesmo coordenador, da agência digital WIZ, «as pessoas estão a gostar porque, essencialmente, é uma forma pacífica de apoiar o que se está a passar neste momento no Médio Oriente».
"Prisioner" (prisioneiro em inglês) foi a primeira palavra a ser "libertada" no dicionário que até ao momento conta com 1194 palavras "libertadas".
Trata-se da construção, até ao dia 3 de Maio, dia da Liberdade de Imprensa, de um "dicionário clássico" com capacidade para 155 mil entradas, em inglês, a que as pessoas em todo o mundo podem aderir através da Internet.
Basta "libertar" uma palavra num campo em branco que o sistema vai depois buscar a entrada que a define.
«No dia 3 de Maio o site vai dar origem a um dicionário real. Vão ser impressos 11 dicionários com as palavras que tenham sido libertadas. Depois, vão ser impressos dicionários em papel, que vão ser enviados para bibliotecas onde as revoluções ainda estão a decorrer: Argélia, Bahrein, Egipto, Arábia Saudita, Iémen, Marrocos... No dicionário as pessoas também vão poder saber quem libertou cada uma das palavras».