Segundo um sindicalista, na base deste suicídio esteve o facto deste funcionário da France Telecom estar a ser obrigado a mudar frequentemente de local de trabalho.
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Um funcionário do grupo France Telecom imolou-se pelo fogo, esta terça-feira, perto de Bordéus, naquele que foi o mais recente acto de desespero de um trabalhador deste grupo, onde se verificaram cerca de 60 suicídios entre 2008 e 2010.
Segundo um responsável sindical, este funcionário, pai de quatro filhos e trabalhador da empresa há mais de 30 anos, considerado como um «profissional muito reconhecido», estava a ser obrigado a mudar frequentemente de posto de trabalho.
«Esta mobilidade imposto forçou-o a vender a sua casa. Escreveu por diversas vezes à sua direcção e não terá obtido resposta, como sucede em muitos outros casos», afirmou o líder sindical François Deschamps à agência AFP.
Um outro sindicalista explicou que esta última vítima «fazia parte das pessoas que foram vergadas pelo período Lombard», numa referência ao ex-director-geral da France Telecom, Didier Lombard, que liderou esta empresa entre 2005 e Março de 2010.
Lombard foi substituído então por Stephane Richard, um próximo da ministra da Economia Christine Lagarde, que foi incumbido de pôr termo à vaga de suicídios na empresa, cujos métodos de gestão estão a ser muito questionados.