Em Roma, o Cardeal Patriarca de Lisboa disse que se deve desejar que a Igreja «se transforme e seja cada vez mais a casa da conversão e do perdão».
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O Cardeal Patriarca de Lisboa defendeu, este domingo, que o futuro papa deve ter um papel fundamental na «reconstrução do rosto da Igreja».
Numa missa em Roma, onde terá direito a voto na eleição do sucessor de Bento XVI, D. José Policarpo considerou que a Igreja Católica deve ser cada vez mais a cara da conversão e do perdão.
«Se há dimensão que todos devemos desejar para a Igreja do futuro, é que ela se transforme e seja cada vez mais a casa da conversão e do perdão», acrescentou.
D. José Policarpo entende ainda que todos os católicos devem pedir que o sucessor de Bento XVI «tenha os braços abertos como um pai que acolhe e que arraste consigo a Igreja para que a Igreja seja a casa onde se volta a desejar regressar».
Na sequência destas palavras, a teóloga Teresa Toldi também entende que é «urgente que haja margem» para que o novo papa possa fazer essa reconstrução na Igreja.
«Penso que haverá muitas alterações e seguramente terá o apoio de muitíssimos católicos se quiser fazer renovações», acrescentou esta professora da Universidade Fernando Pessoa, que diz que a «questão da pedofilia terá de ficar resolvida».
Em declarações à TSF, esta docente considera que «não podem continuar a haver situações em que eventualmente haja um silenciamento que só aproveita a quem faz vítimas».
Teresa Toldi, que acha que a questão das finanças na Igreja Católica também tem de ser resolvida, lembrou ainda que as «coisas que se passam na Igreja não podem ficar impunes».