O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, vai confirmar hoje vários contratos que colocam fim a seis das maiores heranças de resíduos armazenados em Portugal. Um investimento de mais de 65 milhões de euros.
Corpo do artigo
Começa esta terça-feira um roteiro de dois dias do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, dedicado à visita aos passivos ambientais durante o qual vão ser assinados contratos para o lançamento de empreitadas que vão permitir resolver passivos com mais de 50 anos de existência.
O plano que eliminação destes resíduos envolve um investimento de 28 milhões e 700 mil euros, durante o dia de hoje, e 36,5 milhões de euros, amanhã. Mais de 65 milhões de euros no total.
O objetivo, adianta o ministério, é proporcionar «a requalificação ambiental das zonas implicadas e consequentemente, o aumento da qualidade de vida das populações e a regeneração dos ecossistemas».
Neste roteiro, Jorge Moreira da Silva vai visitar os passivos ambientais do depósito de resíduos perigosos de São Pedro da Cova, da célula de lamas não estabilizadas em Alcanena, das lagoas de lamas oleosas em Santiago do Cacém, das minas de carvão do Lousal, da Quimiparque no Barreiro e da Siderugia Nacional no Seixal.
Em São Pedro da Cova, o volume de resíduos foi acumulado nos últimos 13 anos; no caso de Alcananena, a herança é ainda maior, acumulada nos últimos 30 anos; mas o recorde é da Siderugia Nacional no Seixal, onde o passivo conta já 60 anos. No total, são quase 200 anos de lixos acumulados.
Contactado pela TSF, o presidente da Junta de São Pedro da Cova, Daniel Vieira, canta vitória e admite o início da remoção dos resíduos já no próximo mês.