O governo liderado por Kamal Ganzuri vai reunir de emergência esta quinta-feira, para debater os graves incidentes no final de um encontro da Liga egípcia de futebol, que causaram 74 mortes.
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«Dr. Ganzuri vai liderar uma reunião do governo na terça-feira para discutir os acontecimentos de Port Said», noticiou hoje a televisão estatal.
De acordo com o governo egípcio 74 pessoas morreram, entre elas um polícia, e 188 ficaram feridas nos distúrbios depois de um jogo da Liga egípcia de futebol.
Num comunicado, o Ministério do Interior explicou que até ao momento 47 pessoas foram detidas pelos confrontos entre adeptos da equipa local, o Al Masry, e o Al Ahly, treinado por Manuel José.
Os confrontos começaram mal o árbitro deu por terminado o jogo em que o Al-Masry impôs a primeira derrota da temporada ao Al-Ahly (3-1), na 17ª jornada do campeonato egípcio, com os adeptos a atirarem pedras, tochas e garrafas, tendo inclusive ferido alguns jogadores.
O delegado de saúde de Port Said, Helmy Ali al Atny, explicou à EFE que a maioria das mortes resultou de fraturas no rosto e hemorragias internas, mas que também houve um grande número de feridos devido à queda de grades de proteção do estádio de Port-Said.
Os jogadores do Al Ahly foram conduzidos ao balneário, depois de serem perseguidos pelos seguidores do Al Masry, explicou a EFE, que relata pequenas invasões de campo a cada golo da equipa local.
Aquele que é um dos piores incidentes desportivos nas últimas décadas no Egipto estendeu-se já ao estádio do Cairo, onde se disputava o jogo entre o Al-Ismailiya e o Zamalek, com parte das bancadas a ser incendiada.
Entretanto, a Federação Egípcia de futebol decidiu suspender indefinidamente o campeonato da primeira divisão, estando já em curso uma investigação aos acontecimentos.