
Melro
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O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural anunciou que retirou o melro da lista de espécies cinegéticas, revogando a portaria que permitia caçar esta ave.
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De acordo com a portaria n.º 147/2011, publicada em Abril em Diário da República, o melro poderia ser legalmente abatido durante as próximas três épocas de caça.
Uma decisão com a qual Daniel Campelo, novo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, não concordou, pelo que mandou proferir um despacho que retira o melro da lista de espécies cinegéticas.
«O melro nem sequer é uma questão para os caçadores que não fazem questão de o caçar. Acho que não fazia sentido manter esta ave na lista de espécies a caçar», salientou o governante, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Parque Natural do Douro Internacional.
Daniel Campelo acrescentou que quem fez a proposta pensou apenas «num lado do problema».
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves contestou a possibilidade de caça ao melro, depois de mais de 20 anos de proibição.
A Federação Portuguesa da Caça considerou que a permissão de caça a esta ave interessava mais aos agricultores do que aos caçadores, já que o aumento da população de melros em Portugal estará a causar estragos sobretudo ao nível de culturas como morangos, cerejas ou uvas.