
TSF - Cristina Lai Men
CP contou 360 mil euros de prejuízo em 2011. Em 2012 contaram-se 404 casos de vandalismo com graffitis nos comboios.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP recebe, em média, mais de 20 queixas por dia devido a graffitis. Também a CP admite danos avultados e revela que gastou, em 2011, 360 mil euros a limpar carruagens e em 2012 detectou 404 casos de vandalismo com pinturas nos comboios.
Em Agosto do ano passado o Ministro da Administração Interna prometeu novas leis contra o vandalismo urbano e graffitis, mas até agora o gabinete de Miguel Macedo diz que ainda é cedo e não há novidades.
À TSF, fontes policias admitem contudo dificuldades no combate a este tipo de crime que tem levantado, com frequência, decisões diferentes nos tribunais. Algumas sentenças têm considerado o graffiti uma arte, mas outras concluem que estamos perante um dano simples, enquanto outras falam em dano qualificado que inclui penas mais pesadas.
Fonte policial explicou à TSF que é por isso muito complicada a acção da PSP. Os arguidos são com frequência absolvidos o que obriga a polícia a procurar outros crimes paralelos que não deixem margem para dúvidas.
Os números oficiais do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP revelam que nos primeiros seis meses do último ano este recebeu 4.051 queixas devido a danos provocados pelos graffitis. Uma descida em relação a 2011 (menos 500 caso), mas mesmo assim mais de 20 por dia.
A PSP revela ainda que na região da Grande Lisboa detectou 68 casos de comboios ou metrospintados, identificou 140 autores (muito mais do que em 2011), mas apenas uma pessoa acabou detida.
A TSF contactou várias empresas de transporte sobre os graffitis que pintam muitas carruagens, eletricos e autocarros, mas apenas a CP respondeu.
A empresa responsável pelos comboios revela que em 2011 gastou 360 mil euros, directamente, com a limpeza das carruagens pintadas. Mas há outros custos: materiais que se estragam, vidros que ficamirremediavelmente opacos e comboios parados para reparação.
Os graffitis geram ainda sentimentos de insegurança e a CP admite que afectam a procura e o conforto dos passageiros. No último ano a empreva foi alvo de 404 actos de vandalismo relacionados com grafitis em comboios.